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Mensagens

A mostrar mensagens de 2007

Desejo de Natal

O hálito azul da tarde vai passar uns dias no campo... A todos os que vão partilhando comigo este espaço, desejo que os próximos dias sejam passados em boa companhia, e que os abraços agora dados, suavizem, com ternura, o novo ano que se aproxima. ...até Janeiro!

With friendly greetings

Wishing you

Loving Xmas Wishes

Extending best wishes

Vigília de Natal

Desenham-se paisagens sob as pálpebras antes de vir o sono se a vigília ao desejar vestir-se de outra carne em rugosos degraus tropeça ainda Resigna-se a vigília a não ter carne Rende-se o próprio sono ante a vigília E são sempre de neve essas paisagens E é sempre o mesmo Vulto que as habita. David Mourão-Ferreira

My Christmas wish must travel far

With Kindest Wishes

Hearty Christmas Greetings

Poema de Natal

Para isso fomos feitos: Para lembrar e ser lembrados Para chorar e fazer chorar Para enterrar os nossos mortos – Por isso temos braços longos para os adeuses Mãos para colher o que foi dado Dedos para cavar a terra. Assim será a nossa vida: Uma tarde sempre a esquecer Uma estrela a se apagar na treva Um caminho entre dois túmulos – Por isso precisamos velar Falar baixo, pisar leve, ver A noite dormir em silêncio. Não há muito que dizer: Uma canção sobre um berço Um verso, talvez, de amor Uma prece por quem se vai – Mas que essa hora não esqueça E por ela os nossos corações Se deixem, graves e simples. Pois para isso fomos feitos: Para a esperança no milagre Para a participação da poesia Para ver a face da morte – De repente nunca mais esperaremos... Hoje a noite é jovem; da morte, apenas Nascemos, imensamente. Vinícius de Moraes

A package I´ve sent with a wish for the season

Christmas Greetings

Borboletas

Noites sem sexo são perfeitas, também: janelas entreabertas, sombras que passam na rua através das horas, relâmpagos que não chegam a iluminar as paredes do quarto. Românticos que se encontram depois de viver vidas paralelas, cansados – mas enlaçados antes que chegue a hora de partir, sem saberem se amanhã há outro sono igual, ou uma escolha para fazer. Os dois sabem que são doidos, estendem os dedos na escuridão entre as luas. Os dois sabem que mais adiante podem arder de repente no meio do Verão, consumidos pelos segredos e pela indiferença. Noites sem sexo são perfeitas, também; e raras, e condenadas e incompletas. Borboletas no estômago, batendo asas contra todas as paredes do corpo – não deixando que ele adormeça, inquieto e insatisfeito, voltado para dentro e para o passado. Românticos que se encontram quando nenhum deles esperava outra oportunidade, outro caminho. Nunca estamos preparados, diz um. Nunca estamos, repete o outro, quando a primeira borboleta sossega depois de um be

A Merry Christmas

A Joyous Christmastide

Best Christmas Wishes

Philosopher's Tree

(Biei, Hokkaido, Japan) Michael Kenna

Lone Tree

(Bibaushi, Hokkaido, Japan ) Michael Kenna

solidão de papel

não me fales mais dessa solidão de papel eu ainda tenho a sede das oliveiras a paciente sede dos rios que nunca chegam dos rios avistados que não se podem tocar eu ainda tenho a dor da terra queimada a fortíssima dor das chuvas que não voltam das raízes que morrem sem poder gritar o teu nada é só mais um perfume! e eu eu tenho sangue na voz tenho no peito o grito do lobo a imensa tristeza de uma lua que o céu não quis gil t. sousa do blog #poesia

Merry Christmas Greetings

Sloane Square

Richard Bram

I´m in hell

Richard Bram

poemas com ruídos no interior | entre nós

entre nós no inverno as pessoas andam de ombros encolhidos gorjeiam suspiros que contrastam rostos inflamados de medo entre nós no inverno histriões acocorados nos desvãos das pensões hipotecam o corpo enquanto cospem a alma entre nós no inverno as sombras fulguram no gelo das luas imbuindo-se no escarro das criaturas abandonados numa enxerga de rosáceas pétalas conquistada com os punhos de um velho inimigo os fantasmas que entre nós no inverno reclamam brasas para o espírito suicidam-se ouvindo Bach e declamando Goethe Henrique Fialho

A very merry christmas

Diz que até não é um mau blog

Obrigada Lívia por este seu reconhecimento. Eis os parâmetros inerentes à condição: 1. Este prêmio deve ser atribuído aos blogs que consideras serem bons, entende-se como bom os blogs que costumas visitar regularmente e onde deixas comentários. 2. Só e somente se recebeste o prêmio "Diz que até não é um mau blog", deves escrever um post : - Indicando a pessoa que te deu o prêmio com um link para o respectivo blog; - A tag do prêmio; - As regras; - E a indicação de outros 7 blogs para receberem o prêmio. 3. Deves exibir orgulhosamente a tag do prêmio no teu blog, de preferência com um link para o post em que falas dele. Não poderei indicar 7 blogs pois o meu universo de visitas é muito reduzido e, em alguns casos, estaria a repetir anteriores nomeações, refiro-me ao Almofariz , à Dama Oculta que me nomeou, e à Ortografia do Olhar ... Nomeio os blogs: Insustentável Insónia Fico até tarde neste mundo #poesia ...sem qualquer "obrigação" na continuidade das atribuições

A morte o amor a vida

Julguei que podia quebrar a profundeza a imensidade Com o meu desgosto nu sem contacto sem eco Estendi-me na minha prisão de portas virgens Como um morto razoável que soube morrer Um morto cercado apenas pelo seu nada Estendi-me sobre as vagas absurdas Do veneno absorvido pelo amor da cinza A solidão pareceu-me mais viva que o sangue Queria desunir a vida Queria partilhar a morte com a morte Entregar meu coração ao vazio e o vazio à vida Apagar tudo que nada houvesse nem o vidro nem o orvalho Nada nem à frente nem atrás nada inteiro Havia eliminado o gelo das mãos postas Havia eliminado a invernal ossatura Do voto de viver que se anula Tu vieste o fogo então reanimou-se A sombra cedeu o frio de baixo iluminou-se de estrelas E a terra cobriu-se Da tua carne clara e eu senti-me leve Vieste a solidão fora vencida Eu tinha um guia na terra Sabia conduzir-me sabia-me desmedido Avançava ganhava espaço e tempo Caminhava para ti dirigia-me incessantemente para a luz A vida tinha um corpo a esp

Winter Field

Robert & Shana ParkeHarrison

As pequenas descobertas

sabias que esta noite eu desejei que a vida, seguindo um simples capricho, passasse a desvendar todos os atalhos, e nos conseguisse encontrar? para trazer à minha volta, o teu sorriso de pólen e a falsa excitação do abismo sob os pés. que todos os cabelos ao luar revoltos, se transformassem em borlas de algas tenras, passamanaria entre nossos dedos. foi quando ouvi o choro dos ciprestes, e abrindo os olhos, eras novelo perto do meu rosto, espelho opaco mas sensível às minhas mãos em cunha, buscando nos teus ângulos, a presença do sopro que me anima: a tua luminosa quietude. Carlos Henrique Leiros do Almofariz

Dawn

Keith Carter

A perder de vista

NO SENTIDO DO MEU CORPO Todas as árvores com todos os ramos com todas as folhas A erva na base dos rochedos e as casas amontoadas Ao longe o mar que os teus olhos banham Estas imagens de um dia e outro dia Os vícios as virtudes tão imperfeitos A transparência dos transeuntes nas ruas do acaso E as mulheres exaladas pelas tuas pesquisas obstinadas As tuas ideias fixas no coração de chumbo nos lábios virgens Os vícios as virtudes tão imperfeitos A semelhança dos olhares consentidos com os olhares conquistados A confusão dos corpos das fadigas dos ardores A imitação das palavras das atitudes das ideias Os vícios as virtudes tão imperfeitos O amor é o homem inacabado. Paul Eluard

Vem sentar-te comigo Lídia

Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio. Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas. (Enlacemos as mãos). Depois pensemos, crianças adultas, que a vida Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa, Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado, Mais longe que os deuses. Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos. Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos com o rio. Mais vale saber passar silenciosamente E sem desassosegos grandes. Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz, Nem invejas que dão movimento demais aos olhos, Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria, E sempre iria ter ao mar. Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos, Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias, Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro Ouvindo correr o rio e vendo-o. Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as No colo, e que o seu perfume suavize o momento - Este momento em que sosse

Segura-me o coração

Isabel Lhano

Domingo no mundo | 19

:) Karina Bertoncini

Your choice

Manuel Librodo

Amor

As árvores do outono sobrepõem-se sob o alpendre esculpido inumeráveis núvens floridas escoltam o sapo de jade alguns fios de perfume nocturno atravessam a cortina bordada ela espera escondida a porta meio aberta meio fechada Zhang Kejiu Tradução da versão em língua francesa e selecção de Albano Martins

Dyed

Manuel Librodo

Tal e qual

A cerca de bambus, tinidos de jade Na janela folhas de bananeira, reflexos de seda verde por entre os risos o som do pipa em cima da árvore dança uma lua pálida o vento perfuma-se na opulência das flores casa duma dama elegante uma adorável empregada jovem filtra o chá Zhang Kejiu Tradução da versão em língua francesa e selecção de Albano Martins

Bloom

Manuel Librodo

Improviso ao lado de uma ameixieira

À chuva as flores abrem o viajante chega do outro lado das núvens embora lhe deva um poema inacabado reencontramo-nos com alegria declive sinuoso na direcção do quiosque o jade derrete-se pequena árvore polvilhada de borboletas na espuma de neve e de pétalas afundam-se as nossas alpergatas de pano escuro [ "um poema inacabado " : o poeta tem uma "dívida poética" para com um amigo que lhe dedicara um poema ao qual ainda não respondeu. O tema do encontro com a ameixieira em flor na paisagem nevada é uma alegoria da procura da inspiração poética. "o jade" : a neve ] Zhang Kejiu Tradução da versão em língua francesa e selecção de Albano Martins

Dyes

Manuel Librodo

Colours

Manuel Librodo

Escrito como o vi

Uma brisa ligeira agita as folhas do salgueiro os lótus de flores ébrias embebem-se de poente nos montes distantes pálidas núvens acariciam o céu ainda claro a rapariga dos pós vermelhos tem seguramente doze,treze anos docemente, ela recolhe uma canoa carregada de nenúfares Zhang Kejiu Tradução da versão em língua francesa e selecção de Albano Martins

Aqui nesta praia | 37

East Hampton, Long Island, Winslow Homer

Guarda-me o dia em sua luz a graça

Guarda-me o dia em sua luz a graça da hora final em ouro que debrua a nuvem no abandono que extenua a lembrança em recato enquanto passa ao banho de águas claras e flutua o espírito no tanque aonde a baça marca de amigos passos vai na traça da recta infinitude e desvirtua esta os sentidos Pronto o lugar sei o pé detém-se a erva fique intacta e que o chão é incólume verei do sol a declinar que ali desata incêndios no horizonte: então fenece o dia e meu refúgio me aparece. Walter Benjamin tradução de Vasco Graça Moura

Ler contra o silêncio | 14

Woman reading Utagawa Kuniyoshi

Green Grass of Tunnel

E colho um tufo de erva do teu corpo, como-o, deito-me nele, sinto-lhe a humidade que ficou da última noite, quando nos deitámos e rebolámos e cruzámos, com insectos a medirem-nos a respiração, prostro-me sob a sombra do teu peito, deixo cair dos olhos alguns flocos de neve. Andamos sempre à procura de uma noite que não tem dias, uma noite sem sinais, candeeiros que reflectem a agitação dos mosquitos à queima-roupa. Andamos como uma letra despovoada, nos silos da ternura, a encostar um sopro a outro sopro. Nada nos cura. Henrique Fialho Insónia

Edge

Nicholas Hughes

Paixão

estou no mais alto da pura manhã o meu coração é uma lágrima enorme um frágil astro que procura na linha dos teus lábios o despertar generoso dos solstícios o alegre andamento das estações e quando desces a montanha do teu sono e ficas tão nua da noite eu eu só sou o sereno rio que passa e que numa paixão de luz te leva ao azul infinito do mar gil t. sousa #poesia

Hush

Loretta Lux

Paraíso

Deixa ficar comigo a madrugada, para que a luz do Sol me não constranja. Numa taça de sombra estilhaçada, deita sumo de lua e de laranja. Arranja uma pianola, um disco, um posto, onde eu ouça o estertor de uma gaivota... Crepite, em derredor, o mar de Agosto... E o outro cheiro, o teu, à minha volta! Depois, podes partir. Só te aconselho que acendas, para tudo ser perfeito, à cabeceira a luz do teu joelho, entre os lençóis o lume do teu peito... Podes partir. De nada mais preciso para a minha ilusão do Paraíso. David Mourão-Ferreira

Aqui nesta praia | 36

Les Deux Baigneuses,  William-Adolphe Bouguereau

Farringdon

Richard Bram

Sexy Like Chicken

Richard Bram

Não vou pôr-te flores de laranjeira no cabelo

Não vou pôr-te flores de laranjeira no cabelo nem fazer explodir a madrugada nos teus olhos. Eu quero apenas amar-te lentamente como se todo o tempo fosse nosso como se todo o tempo fosse pouco como se nem sequer houvesse tempo. Soltar os teus seios. Despir as tuas ancas. Apunhalar de amor o teu ventre. Joaquim Pessoa

Keep Clear

Richard Bram

Face a Face

Entendamo-nos: falar de ti e dos teus olhos de garça enevoados seria talvez tão vulgar como enumerar as coisas simples e nisso não há qualquer desafio Existe apenas uma razão íntima, como a de quem não gosta de se repetir ou de estar de costas voltadas para o mar, amando o imprevisto como um sinal de alarme Também, falar de mim, poderia tornar-se perigoso, se me virasse para dentro, habitando a minha memória e não a memória de todos os meus dias: Fariseu único de um Templo de Escadas Rolantes quando vejo mudar a água em sangue e arregaçar as mangas para transformar uma seara em pão não deixando ao diabo esse trabalho de mostrar que a realidade não é o que é mas sempre o outro lado da indiferença E bato as esquinas levando a pederneira com que se acendem os poemas que alimentam as primeiras esperanças atravessando nas passagens de peões com a precaução da caça perseguida e a preocupação de me dar desinventando mágoas, repartindo alegrias como quem escreve um tratado de amizade num país

Countdown

Richard Bram

O Metropolitano

No túnel encurvado ali íamos nós. à frente, ágil, de casaco de viagem, tu, e eu, a apanhar-te como um deus veloz antes que te mudasses em bambu ou nalguma nova flor branca e vermelha, e as abas a adejarem com força, eis que se espalha botão após botão num rasto que assim role entre o metropolitano e o Albert Hall. Lua de mel, andar na lua, tarde para os Promenade, os nossos ecos morrem nesse corredor e agora hei-de ir como Hansel ia pelas pedrinhas batidas pela lua refazendo o caminho, apanhando os botões da rua para acabar nas correntes de ar e na luz frouxa da estação, partindo os combóios, na via húmida que jaz a nu e tensa como eu, todo atenção aos teus passos e a perder-me se olho para trás. Seamus Heaney tradução de Vasco Graça Moura

In Darkness Visible

Nicholas Hughes

Parto feliz quanto o silêncio o sele

Parto feliz quanto o silêncio o sele de que ao nascer fui logo destinado a ser brilho da noite no olhar dado a quem silente ao vasto céu se impele a ser raio que toca os olhos dele e em que feliz está quem não é nado e junto à face a ser mais afagado que no azul voga em nuvem que revele a luz Estava escrito nunca havia de me vibrar a boca sem o canto e a minha fronte o extremo arco seria do berço em prece ardente a orlá-lo enquanto aconteceu que me escapou então com minha jovem morte em sua mão. Walter Benjamin tradução de Vasco Graça Moura

Cold Night

Richard Bram

mão

e a minha mão desceu o teu rosto num movimento de coisa que parte e tu disseste: porque é que as mãos dos que amámos nos acenam vazias? mas não na minha mão havia uma lágrima enorme e azul que tu já não sabias ver gil t. sousa do blog #poesia

Domingo no mundo | 18

Tango Musicians, San Telmo - Buenos Aires Richard Bram

Dolor

Josephine Sacabo

Notívaga sombra

temo que anotes, no suor velado do teu cálice, que o contar dos dias me apavora. e que eu deixo o rosto, pender sobre o peito sem fôlego, para que essas lágrimas não sejam de ninguém. vou confundi-las com chuva, e me ocultar nas sombras. sobre meu corpo deitar-se-ão véus. de modo a que não mais me reconheças, no meio de tantos assobios, de tantos trapos açoitados, na longa noite que me envencilhou. Carlos Henrique Leiros do blog Almofariz

Ler contra o silêncio | 13

Compartment C, Car 293 Edward Hopper

Gilded Circle

Josephine Sacabo

Acto de união | 2

Ainda imperialmente macho nesta altura eis-me a deixar-te com o sofrimento: na colónia o processo de ruptura, o ariete, o romper do dique por dentro. O acto gerou uma quinta coluna obstinada crescendo unilateral, de coração tambor de guerra que reuna as forças sob o teu. Seus punhos, afinal, pequenos, néscios, parasitas, já te batem nas fronteiras e sei-os retesados através da água contra mim. Nenhum tratado dá, prevejo, inteira cura ao teu corpo marcado e assim lasso de estrias, dor grande que te fez em carne viva, como chão aberto, uma outra vez. Seamus Heaney traduzido por Vasco Graça Moura

Las palomas

Josephine Sacabo

Acto de união | I

Esta noite, um primeiro movimento, uma pulsão, como se a chuva no pântano jorrasse uma cabeça: um rebentar do lodo ou um rasgão que abre a cama dos fetos e a atravessa. O teu dorso é uma linha firme da costa a nascente e além das graduais colinas são lançados braços e pernas. Acaricio a entumescente província onde cresceu o nosso passado. Sou o alto reino sobre o teu ombro quedo e em ti nada o adula ou o ignora. Conquistar é mentira. Envelheço e concedo teu litoral semi-independente e agora dentro dos seus limites meu legado fica inexoravelmente culminado. Seamus Heaney traduzido por Vasco Graça Moura

À luz da lua | 23

Mother and Child Lord Frederick Leighton