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Ler contra o silêncio | 16



Studying
Iman Maleki

Comentários

lena disse…
Deixei passar o aniverário mas irei a tempo de te dizer que a poesia das palavras e das imagens que escolhes me enche de prazer e doce serenidade. Obrigada!
Nuno Leal disse…
Tem um blog muito interessante, parabéns.

emiliorobin.blogspot.com
livia soares disse…
Oi, Ana.
Obrigada por mais este insight, ler contra o silêncio é o que mais preciso fazer, mesmo tendo feito muito isso, ultimamente...
Um abraço.
livia soares disse…
Olá, Ana.
Grata por sua "preocupação estranha".
O mundo se tornou um lugar tão estranho por falta dela, porque nos acostumamos a viver sem nos importarmos muito com os outros... mas eu estou bem, não é nada grave, são só os altos e baixos da vida, quando a gente se dispõe a vivê-la. Espero que vc esteja bem e continue com seus blogs, que são lindos e fazem a gente querer seguir sempre em frente.
Um abraço.
livia soares disse…
Está demorando a postar aqui.
Estou com saudades de vc.
Um abraço.

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Princípios

Podíamos saber um pouco mais da morte. Mas não seria isso que nos faria ter vontade de morrer mais depressa. Podíamos saber um pouco mais da vida. Talvez não precisássemos de viver tanto, quando só o que é preciso é saber que temos de viver. Podíamos saber um pouco mais do amor. Mas não seria isso que nos faria deixar de amar ao saber exactamente o que é o amor, ou amar mais ainda ao descobrir que, mesmo assim, nada sabemos do amor. Nuno Júdice

Uns cegos, outros surdos

gritas, gritam até que o outro ensurdeça,  até que fique com os pés presos na lama e se esgote. gritas, gritam palavras e frases de uma ordem estéril que nos matará. rasgam os pulmões com cânticos, alucinados,  com uma narrativa estúpida de quem nos crê estúpidos...e seremos? rangem os dentes,  soltam os caninos e farejam a hesitação com o dedo no gatilho, lambem-nos o medo na pele... abrem as gargantas de onde saem línguas como canos apontados ao nosso cérebro,  línguas sibilantes num hálito de enxofre, numa infindável oratória que nos queima a pele, nos rompe a mente. destroem o silêncio. gritam que somos vítimas,  as suas vítimas,  as legítimas,  enquanto desviam o olhar e fecham as órbitas embaciadas para que a realidade não os capture. gritam, gritam e gritam pois enquanto gritam não param,  não pensam, não deixam que ninguém pare, e ninguém pensa. embalam os corações nas bandeiras e nos hinos para conseguirem adormecer,  para que o sono...