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Nesta curva tão terna e lancinante

Nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente
tropeço de ternura
por ti.

Alexandre O´Neill

Comentários

marta r disse…
Foi bom tropeçar na ternura deste poema.
Anónimo disse…
o poema fala sobre o que?

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