Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2008

Aqui nesta praia | 38

Ondine,  Paul Gauguin

Bem-vinda

Ocorre-me que vais chegar distinta não exactamente mais linda nem mais forte nem mais dócil nem mais cauta somente que vais chegar distinta como se esta temporada de não me veres te tivesse surpreendido a ti também talvez porque sabes como te penso e te enumero depois de tudo a nostalgia existe ainda que não choremos nos corredores fantasmáticos nem sobre as almofadas de candor nem por baixo do céu opaco eu nostalgio tu nostalgias e que me interessa que ele nostalgie o teu rosto é vanguarda talvez chegue primeiro porque o pinto nas paredes com traços invisíveis e seguros não esqueças que o teu rosto me olha como povo sorri e enfurece-se e canta como povo e isso dá-te uma luz inapagável agora não tenho dúvidas vais chegar distinta e com sinais com novas com profundidade com franqueza sei que vou querer-te sem perguntas sei que vais querer-me sem respostas Mario Benedetti

Susmita

Kate Lehman

Indian Summer

Andrew Wyeth

mais longe

fora do tempo é mais longe do que qualquer espelho minha ilha meu incêndio de pedra sobre a corrente assassina de me perder cansa-me de água e de sol inquieta-me do segredo das sementes e do chão tóxico dos vulcões em que me deitei quando a noite me atormentava de não chegares quando a madrugada me matava de partires gil t. sousa do blog falso lugar

Edge | Verse 2

Nicholas Hughes

Recorda

Recorda-me quando eu te abandonar Quando me for sob a terra silente; Quando achares a minha mão ausente, E eu, querendo partir, já não ficar. Quando já não me puderes contar Planos dum futuro que nos não cabe, Recorda-me somente; tu bem sabes Que então será tarde para rezar. Mas se me esqueceres entrementes E depois recordares, não lamentes: Pois se a corrupção te assombrar os dias Com ideias que eu tinha na cabeça, Melhor será que me esqueças e sorrias Do que minha memória te entristeça. Tradução de Margarida Vale de Gato Recorda-te de mim quando eu embora For para o chão silente e desolado; Quando eu não te tiver mais ao meu lado E sombra vã chorar por quem me chora. Quando mais não puderes, hora a hora, Falar-me no futuro que hás sonhado, Ah de mim te recorda e do passado, Delícia do presente por agora. No entanto, se algum dia me olvidares E depois te lembrares novamente, Não chores: que se em meio aos meus pesares Um resto houver do afecto que em mim viste, - Melhor é me esquecere